O CASTRO

O Castro de Romariz é o património de maior relevância na Freguesia e o principal testemunho para situarmos as origens desta povoação, cerca de 500 anos antes de Cristo. O Castro, o mais importante de entre Douro e Vouga, localiza-se no “Monte do Castro”, cerca de 500 metros a NE da Igreja matriz, num planalto praticamente plano com uma área aproximada de 16.000 m2. Vários séculos subterrado, foi casualmente descoberto em 1843 em virtude do achado de alguns objetos em ouro e prata. Procedeu-se, nessa altura, a algumas escavações, tendo sido postas a nu cerca de dúzia e meia de “casas” circulares e alguns objetos de pedra e barro. Como, na altura, o principal motivo das escavações terá sido o de encontrar outros objetos de valor e, como estes não apareciam, a exploração foi abandonada. Durante cerca de um século ninguém ali mexeu. Em 1940 o pároco de Romariz, o erudito Padre Manuel Fernandes dos Santos, a expensas suas, mandou proceder a escavações com o intuito de despertar o interesse das entidades responsáveis da altura para o tesouro arqueológico que ali se encontrava.

Desde finais da década de 80 tem vindo, ali, a decorrer uma exploração arqueológica, mais ou menos sistemática, sob a orientação do Departamento de Arqueologia da faculdade de Letras da Universidade do Porto. Segundo os responsáveis por estas explorações, estará, neste momento, a descoberto cerca de um quarto da área total do Castro. No presente, e no seguimento da adesão à rede de castros do noroeste peninsular, decorrem negociações com os proprietários para aquisição de todos os terrenos situados na área de proteção a este património.

 

 

MOINHOS E ESPIGUEIROS
O ciclo da cultura do milho marcou gerações de romarizenses. Muitos moinhos (movidos a água) nas margens dos três rios que atravessam a Freguesia e muitos espigueiros, aqui mais conhecidos por canastros, e eiras testemunham a importância deste cereal na economia local, até às últimas décadas do século passado. Com o intuito de preservar e valorizar este património, em 2011, a Junta de Freguesia encetou um processo de recuperação de três moinhos, um deles de características raras, pela sua arquitetura e que hoje estão em funcionamento.

Cem metros a montante, também junto ao rio referido, no lugar de Monte Calvo, encontra-se um dos maiores espigueiros do Concelho, também recentemente recuperado e classificado como património de interesse municipal.